terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Só gosto de ti*

Sentado no cais
E ver ao longe o mar
E a ponte sobre o Tejo
Se é tão bonito
É por causa de ti
E deste meu desejo
Afinal vale a pena
Pensar em mais ninguém!

Só gosto de ti
Porquê?! Não sei
Mas estou bem assim
E tu também! (2x)

Ali vai o paquete
Aqui passa o navio
Lá vão eles viajar
Se tu aqui estivesses
Gostavas como eu
Gostavas de os ver passar
Afinal vale a pena
Pensar em mais ninguém!

Só gosto de ti
Porquê?! Não sei
Mas estou bem assim
E tu também! (2x)



* Heróis do mar

(Não sendo fã do grupo, sempre gostei do refrão desta música.)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Virginia Woolf

"O tempo, embora faça desabrochar e definhar animais e plantas com assombrosa pontualidade, não tem sobre a alma do homem efeitos tão simples. A alma do homem, aliás, age de forma igualmente estranha sobre o corpo do tempo. Uma hora, alojada no bizarro elemento do espírito humano, pode valer cinquenta ou cem vezes mais que a sua duração medida pelo relógio; em contrapartida, uma hora pode ser fielmente representada no mostrador do espírito por um segundo."
in Orlando

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Para além da morte (continuação III)

“De todas as sinas a que um homem está votado, a mais terrível é sem dúvida a de amar demasiado.”


“E, no entanto, a partir dessa primeira noite, passaram ambos a pertencer um ao outro, pois que tanto para ele como para ela a preocupação dominante consistia em encontrar maneira de estarem juntos.”


“… de novo a invadiu uma sensação estranha, de fatalismo – a sensação de que , fizesse ela o que fizesse, jamais conseguiria libertar-se daquele homem.”


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Conquista

"Só o combate nos apraz, mas não a vitória: gostamos de ver os combates de animais, não o vencedor a encarniçar-se sobre o vencido; que desejámos ver, senão o fim da vitória? E logo que ela é alcançada, ficamos saciados. Assim no jogo, assim na busca da verdade. Gostamos de ver, nas disputas, a luta de opiniões; mas não de contemplar a verdade encontrada: para a saudarmos gostosamente temos de vê-la nascer da disputa. Do mesmo modo, nas paixões, o que dá prazer é assistir ao combate de duas contrárias; mas quando uma delas domina, tudo se reduz a brutalidade. Nunca buscamos as coisas, mas sim a busca das coisas."

Blaise Pascal, in "Pensamentos"